sábado, 28 de dezembro de 2013

Sobre Anderson Silva e o anticlímax do UFC 168

Jamais conseguiria inserir aqui a imagem que este texto sugere. Foto: Divulgação/UFC
Antes de qualquer coisa, é preciso reconhecer que Chris Weidman é um grande lutador. O norte-americano fez um primeiro round espetacular na revanche contra Anderson Silva. Conseguiu abalar o brasileiro com um duro golpe e completar o serviço no chão, sendo incisivo e contundente. Weidman não pode ser desmerecido de nenhuma forma. É um verdadeiro campeão. Pela qualidade do seu jogo e por sua postura, mesmo no calor de um combate e os momentos que o sucedem.

Dito isso, não dá pra negar que a forma como acabou a “revanche do século” foi um tremendo anticlímax para o maior evento da história do UFC. Depois de grandes lutas, duas finalizações com chaves de braço, nocautes impiedosos e um dos maiores combates femininos da história do esporte, a forma como terminou Chris Weidman vs Anderson Silva 2 foi um verdadeiro balde de água fria.

Digo isso por experiência própria. Reunimos uma dezena de amigos, organizamos os comes e bebes, comentamos e nos divertimos ao longo de todo o evento. Após a fratura de Anderson Silva, nem mais uma risada, nem uma piada, outra cerveja nem pensar. Todos perplexos, incrédulos. Ver o mito ali, no chão, tão humano, não é pra qualquer um. É preciso ter uma frieza que faltou aos meus convidados e a mim. Não nos culpo, o MMA é um esporte movido por paixões.

domingo, 7 de julho de 2013

O que Pelé e Ronaldo podem ensinar a Anderson Silva

Anderson Silva vai (ou quer) se reerguer? Foto: AP
Após a derrota de Anderson Silva para Chris Weidman, disse, de maneira mais reduzida, no Twitter: "Se o UFC 162 fosse um episódio de He-man, a lição ao seu final seria: 'Crianças, morram como mito ou vivam o suficiente para se tornarem mortais'". E acredito que a discussão sobre o mito Anderson Silva é bastante pertinente neste momento, que sucede sua primeira grande derrota desde que ascendeu a tal condição.

O peso do beijo (na lona)

Nunca uma legenda foi tão desnecessária. Donald Miralle/Zuffa LLC

Todo texto é escrito para ser lido. Este, entretanto, eu gostaria que fosse ainda mais. Não porque acredito que ele contenha as linhas mais incríveis da galáxia e que por isso mereça ser "apreciado". Mas para que o discurso que diverge do que tomou conta da maioria das formas de se comunicar, das rodas de conversa às redes sociais, também tenha vez. O assunto, tratado nesta madrugada do domingo, 7 de julho de 2013, não poderia fugir da derrota de Anderson Silva para Chris Weidman no UFC 162.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Resenha: "...Like Clockwork" do Queens of The Stone Age (tweet a tweet)


Pensando em como externar a alegria, e as impressões, sobre o novo álbum do Queens of The Stone Age cheguei a uma conclusão pouco usual – para mim, é claro. Achei por bem resumir minhas sensações ao ouvir cada faixa do disco, que ouço incessantemente desde que “vazou”, em um tweet. Não porque o Twitter esteja em alta, na verdade sabemos que a situação é contrária, mas porque achei um critério interessante para convencionar minha síntese reflexiva. Aí vai a “resenha tweetística”: 
Da esquerda para a direita: Mikey Shoes, Troy Van Leeuwen, Jon Theodore, Josh Home e Dean Fertita.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Sobre o 'não' a Ronaldinho na Copa das Confederações


Felipão, mais uma vez, frustrou um povo com uma ausência em sua lista de convocados. Onze anos depois de 2002, e um ‘não’ a Romário que é assunto até hoje, parece que este traço marcante da personalidade do treinador foi simplesmente ignorado. Pensou-se que os tempos eram outros. Não eram. Karl Marx alertou: “A história se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa”.

Ronaldinho é a farsa da tragédia construída por Big Phill e sua trupe no início da última década e que culminou no pentacampeonato mundial. Surpreende, quando não deveria, que o metódico Luís Felipe Scolari tenha apostado na mesma estratégia para essa nova empreitada no comando da seleção. O ‘não’ a Ronaldinho é o catalisador da união para uma versão 2.0 da “Família Scolari”. É o problema criado pelo próprio e para o qual ele mesmo se apresenta como solução, a complicação da narrativa que vai sendo construída.

Ronaldinho foi o assunto da convocação de Felipão para a Copa das Confederações


segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

O dia em que Wawrinka chorou

Foi um jogo histórico. Mais um envolvendo o #1 do mundo Novak Djokovic, diga-se de passagem. O suíço Stanislas Wawrinka jogou como top 5, mesmo estando hoje no 17º posto no Ranking da ATP. Djoko, por sua vez, não estava no melhor dos seus dias, o que equiparou as forças, em condições normais díspares, desse duelo. Frente a frente, o melhor tenista na história de sua, jovem, nação e um grande atleta, relegado ao segundo posto em seu país, famoso pela neutralidade política, diante da injusta comparação com o maior nome do tênis em todos os tempos. O palco foi a Rod Laver Arena, a quadra principal do Melbourne Park. Durante exatas 5 horas e 2 minutos, esses dois homens ascenderam à condição de semideuses do esporte.

Ao término da partida, Djokovic e Wawrinka se encontram na rede