Quinta-feira pela madrugada, eu – como sempre, diga-se de passagem – bastante insone resolvo correr os olhos no que está passando na HBO e eis que o filme que vai começar é: Freddy vs. Jason (EUA, 2003). Uma bomba, mas não é possível que seja só isso. E não é. Vamos tentar ver o outro lado deste “terror”, literalmente.
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Ao que tudo indica o orçamento foi todo pra arte do cartaz |
Bom, primeiramente é preciso dizer que o filme é tecnicamente bem fraco. Tem efeitos visuais que inclusive deixam a desejar em relação a muitos filmes da década de 80 e 90, principalmente se comparado às maquiagens de Tom Savini. A baixa qualidade das atuações nem mesmo surpreende, pois é praxe no gênero slasher (onde os dois serial killers que dão título ao filme, Freddy Krueger e Jason Voohrees, são referência), isso sem falar no roteiro que também é recheado de clichês do gênero e que prescinde de inocência em doses cavalares a quem assite para completa imersão (em resumo, muitas das partes inclusive quebram o “pacto diegético” assumido entre espectador e pelicula).
Tudo bem, tudo bem, imagino que essa seja a hora que você se pergunta: “Ele conseguirá um contraponto a isso? E, principalmente, esse contraponto será tão intenso quanto os defeitos?”. As respostas são: sim e não, respectivamente. Sou honesto, não vou enganar e dizer que dá pra melhorar muito as coisas depois desse último parágrafo. Mas vamos ao outro lado dessa história...
Sob minha percepção, Freddy vs. Jason tem duas grandes virtudes. A primeira delas é a presença de uma música que eu gostava muito na adolescência (a qual fui apresentado pelo meu amigo Nevischer – vulgo Nevada), How can I live da banda ILL Niño (tive que escrever assim, porque senão ia ficar um monte de barras a parte do ILL: III Niño, viu?). Temo que essa última colocação possa ter espantado boa parte dos leitores, mas, enfim, é um dos pontos positivos que vejo. Pra não dizer que foi em vão essa lembrança, coloco abaixo o link da música pra quem se interessar em ouvir:
Dito isto, vamos a segunda razão, e possivelmente a que realmente importa, para que o filme não seja o maior explosivo (cansei de usar bomba) da história recente desse planeta: Freddy vs. Jason é um filme que tem a capacidade de rir de si mesmo(tá, talvez isso não seja grandes coisas). Mas acho extremamente curioso como não há, como em outras atrocidades cinematográficas, a pretensão de ser um filme completo ou descolado. Este filme compreende bem seu lugar e faz piada consigo mesmo e com a história do gênero no qual está inserido durante sua exibição, brincando inclusive com a cafonice do Slasher Movie. E, talvez, assim faz com que soe menos pretensioso e, inclusive, ria também desses filmes que falham clamorosamente em ser aquilo que não podem.
Bom, acho que está claro que essa não é uma crítica aprofundada, muito menos uma defesa ferrenha. Simplesmente são comentários acerca de um tema totalmente aleatório, que postei devido a quantidade de tempo que não escrevia e mandava nada para o blog – e eu mesmo em outras épocas jamais imaginaria como isso me deixou intrigado e incomodado.
Doido que a Gabi tava em falando deste filme passado. Ela só falou que pra ela era um filme de comédia.
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